domingo, 18 de março de 2012

Doce Doce

“Take me up and out
Cause rainy days are all I feel
I’m walking back
I know that, there’s no time
In the days of muse breaks
I had to hang on tight
Looking back I wish I had more time for, you…”

Cone Crew Diretoria, só maluco doido!

(Rany Money)
Redescobrindo em ondas psicodélicas novas peças, eras
Do quebra, cabeça complete a minha idéia submersa, sintética
Em cálculos distorcidos pelo bandido clínico
Constante frio no espírito elevado por poderes cínicos

Esse arqueológico sítio de governos superlativos
Que me mantém preso num constante ritmo, ilusório vício
Ócio causando mal e a segregação para o povo
Ódio dominando e destruindo gerações de novo

É foda quem se importa, se comporta
Pois na porta t’s os de farda, de pistola
Na hora que eu chego de bike eles querem confiscar a droga, não rola
Pois também tenho uma proposta muito simples, legalização da maconha

Sei que vou correr atrás
Sou capaz dos meus direitos, de qualquer rapaz, sobrevivo num puteiro
Se tanto faz, não vem que não tem mal ou bem
Sem uma de 100, kamikaze rastafári zen

Se liga, é urgente, a chapa tá ficando quente
Então não se mantenha ausente, na boca o que falta é dente
Não tente, porque isso não falta pra expulsar
Se não dá pra combater, é melhor se aliar

Do submundo se for lá do poço, é lá do fundo do poço
Culto ao estilo rústico, súbito, lúbrico, lúdico, surto
Da emissão das minhas palavras, as poesias e rimas, os poetas da batalha
Que é dura e árdua na sua venta sanguinária

Meninos jogando bola no campo sujo de pura várzea
A traça estraçalha a tática que trata da tardia taça que se atraca com bombados na noitada
Tomam chutes na cara, desafiam o Hulk na porrada
Explanação de pederasta igual balão que inflava

Na saga acha é alguém porque tem arma
Mas arma é sua cara que é a marca da pala
Fala para todo mundo rala eu sou o contexto das tuas balas
Só não se ligou porque a mente está encarcerada

Te deram a alforria, mas não dos pensamentos
O corpo se encontra livre e na senzala o cerebelo
Entro, persisto, vejo, tento, me inspiro e creio, sento no parapeito
Não vejo nenhum progresso

Foda-se a sociedade que ainda me julga
Eu vou zoar na rave, eu vou de bike até a lua!

Eu quero um doce-doce, por favor, um doce moço
Tô vendendo doce-doce pra ninguém
Eu quero um doce-doce, por favor, um doce moço
Não vou assinar o 12 pra ninguém

(Maomé)
Perplexo ao reflexo de ter sua vista colada ao teto
Por doses e tragos, surtado, confuso, inquieto e discreto
Um desconforto infernal domina meu ser de forma que me altero
Não julgue nem ofereça sua paz
Psicodelia é tudo que eu quero

Ser destrutivo, introduzido no cálice da humildade
O sentimento escudo-cura para os hematomas covardes
A escuridão é o refúgio nulo aos que veem e não enxergam a verdade
Porém a intervenção do pai será por vida e amor a humanidade

De bairro em bairro, cidade a cidade, praças, shoppings, mares, lares e bares
Oxalá, Jesus, Messias, Cordeiro, Jah Rastafári
O verdadeiro profeta desdenhas das estrelas sua mensagem
Associando a reconstituição da alma e evolução da sua mentalidade

O desespero e a angústia se encontram então na tua porta
O que te divertia agora te sufoca e te incomoda
A praga joga, rola, logo volta, cola, desenrola, amola
E estoura na mão do hipócrita

Me diz que o rap não é cultura, o cultural é quem rebola
Põe dinheiro no bolso, vai na TV e faz cara de idiota
Se cair na roda, entorta, paralisa choca e chora
Misericórdia Nossa Senhora!

Com astúcia e inteligência eu separo adição da multiplicação aos dividendos
Aprendo vendo ao tempo
Trabalhando, obtendo o auto-sustento
Eu tento e tendo e me arrebento e continuo vivendo ativo no talento

Eu tô querendo, tô tremendo
Tô doidão, num tô entendendo
Minha boca tá amargando o gosto doce do veneno
Veneno doce

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